O projeto a Turma do Sítio da Funsag, Fundação Santo Agostinho, foi criado há um ano, na comunidade de São Jacinto, para atender crianças e jovens de comunidades carentes. Diariamente, as crianças e jovens que frequentam o projeto participam de atividades pedagógicas, esportivas e também de diversas oficinas oferecidas pela direção do Sítio.
Uma das atividades que vêm chamando a atenção dos pequenos é o projeto Mandalla, uma iniciativa, que surgiu na Paraíba e tem como filosofia o processo de produção de alimentos de forma natural, sem o uso de adubos e defensivos químicos utilizando as potencialidades já existentes nas propriedades rurais.
A Mandalla básica repete o desenho do sistema solar. No centro, o sol, ou tanque de água, com o vértice de madeira que sustenta as mangueiras de irrigação e, ao redor dele, as órbitas dos planetas, ou seja, os canteiros. Geralmente os três primeiros canteiros servem ao plantio de hortaliças. Os outros, para culturas diversas, dependendo das necessidades de cada produtor e o último canteiro é destinado à proteção ambiental: cerca - viva ou plantas de porte, para controlar a infestação de insetos e evitar ventos excessivos.
De acordo com especialistas, o objetivo da Mandalla é conseguir o maior retorno possível com o mínimo de investimentos. – “É muito gratificante ter participado do projeto aqui no sítio desde o começo. Eu só tinha trabalhado com a terra quando criança e hoje, aos 37 anos, descobri o que quero fazer para o resto da minha vida”, disse Antônio, funcionário do sítio e que já tem planos para o futuro: fazer o curso de técnico agrícola.
Segundo os professores, os alunos já se sentem como pequenos agricultores e ensinam em casa às técnicas que aprendem nas aulas, principalmente as mandallas verticais. Essa forma de cultivo geralmente ocupa apenas um espaço de quatro metros quadrados e é preenchida com garrafas PET, que servem de suporte para mudas de diversas hortaliças. A estrutura lembra muito uma árvore de natal.
Na Turma do Sítio, os trezentos alunos aprendem a lidar com a terra, e todos os dias vêem o resultado do trabalho em suas refeições. Verduras e legumes são colhidos diariamente para enriquecer a alimentação da turminha do Sítio. – “É uma forma divertida de aprender a valorizar o homem do campo e respeitar a natureza”, disse o presidente da FUNSAG, Sérgio Pegado.
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